NESP: ONU X OCI
- Matheus Mizuta
- 23 de set. de 2016
- 2 min de leitura
Foi organizado pela Diretoria de Logística na ultima sexta-feira (16/09), Negociações e Simulações Práticas, o NESP, que teve como tema um processo aberto pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) por meio da acusação da Organização da Cooperação Islâmica (OCI) durante a Sessão de Paz da 19ª Conferência Islâmica de Ministros de Assuntos Exteriores celebrada em Cairo, República Árabe do Egito, durante os dias 31 de julho à 5 de Agosto de 1990, onde a OCI acusa ilegitimidade e falsa universalidade da Declaração Universal Direitos Humanos (DUDH) em defesa da manutenção da dignidade, da independência e dos direitos nacionais do Islã, assim como a abolição de qualquer tipo de discriminação.
Os membros do NUCSI se dividiram em integrantes da OCI que defendem a Declaração do Cairo de Direitos Humanos Islâmicos (DCDHI) e representantes da ONU que estão em desacordo e querem a permanência da DUDH. Ambos os lados apresentaram argumentos bem construídos de seus pontos de vista.
Os componentes integrantes da OCI se utilizaram de argumentações de que a DUDH apresentava universalidade e supremacia apenas para países ocidentais, excluindo os islãs. Era necessária uma reforma, uma nova declaração que abrangesse as questões islâmicas, a liberdade religiosa e os direitos de todos. Os integrantes representantes da ONU contestaram com justificativas de que a DUDH tem como objetivo estabelecer a paz, evitar guerras e valorizar a vida humana independente de religiões. A declaração defende a liberdade religiosa e respeitam todas as culturas, o oriente não se restringe ao islã.
Por fim, TIJ levou em consideração os dois lados e determinou a revisão da DUDH, marcando então outra sessão posterior para voltar a debater sobre o assunto.
A atividade prática teve feedbacks positivos dos membros participantes, sendo uma experiência satisfatória e recompensadora para ambos os lados. Um debate de um assunto tão importante na visão de dois lados tão diferentes tornou possível a reflexão de como é importante a representação de todos os povos na Declaração dos Direitos Humanos.
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